Bomba, avião, helicóptero,
Para ocupar território
E deixar ao deus-dará...
E deixar ao deus-dará...
Outras tragédias não soam
Outras tragédias não soam
Barulho, barulho.
Muito barulho por nada,
Por nada no futuro
Vamos falar mais baixo,
Vamos parar pra escutar
Uma barriga roncando, uma mamãe chorando
Vamos ouvir a noite cair,
E o Sol ajudá-la a se levantar...
Bumbo, violão, pandeiro,
Para animar o auditório
E ir pra casa em paz e feliz
E ir pra casa em paz e feliz
Outra beleza não há (outra beleza não há)
Outra beleza não há
Silêncio, silêncio
Façam silêncio, ouçam Gilmarley cantar
Vamos falar mais baixo,
Vamos parar pra escutar
O bum-bum do tambor, um abacateiro em flor
Vamos fugir da solidão,
Vamos fugir da solidão,
Gandaia, realce, reggae e baião
Outra beleza não há (outra beleza não há)
Outra beleza não há
Outra beleza não há (outra beleza não há)
Outra beleza não há
É perfeitamente possível ouvir essa música relaxando com tranquilidade, se você puder não ouvir o que diz sua letra, instigante, forte, incisiva, mostrando nossa face mais displicente, nossa capacidade de ignorar a dor que não dói em nossa carne, ignorar a fome que nosso organismo não conhece...
O convite feito aqui não é somente a prestar atenção às pessoas que estão à nossa volta e ao que podemos fazer por elas, mas principalmente é um convite a prestar atenção em nós mesmos e nos perguntar: Porque isso não me incomoda?
Vamos fazer barulho e vamos parar para escutar...
Bjks
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